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Via Sacra no contexto da arte

  • isalopvaz
  • 11 de mar.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 14 de mar.

A relação existente entre arte e religião é estreita. A humanidade anseia por harmonizar o que é físico, material, com o que é intuitivo, espiritual e subjetivo. Áreas como religião, arte e psicologia buscam dar respostas às questões que fogem ao alcance das ciências naturais.


Nem sempre este objetivo está explícito no trabalho artístico ou se dá através da arte sacra. Porém, muitos artistas em todos os tempos exploram a religiosidade em suas variadas concepções. Um desses temas, de caráter dramático, é a Via Sacra.


Dados históricos mostram que a partir do século IV era comum as peregrinações ao caminho percorrido por Cristo até a crucificação, como forma de penitência e devoção. Somente em meados do século XV os artistas começaram a desenvolver obras que auxiliassem a contemplação dos fieis nessa devoção, sem que os mesmos precisassem se dirigir à Jerusalém. Foram criadas as quatorze “estações”, ou seja, paradas deste caminho relembrando esses acontecimentos. Estas obras dão corpo às descrições dos evangelhos e tradição da Igreja e auxiliam a devoção dos fieis.


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O sofrimento de Cristo em detrimento da atitude covarde de seus agressores é o foco da representação. Há variações impressionantes na forma de retratar. Questões de luz, contraste, planos e enquadramentos são fundamentais para consolidar as intenções do artista, sejam elas racionais ou intuitivas.


Mesmo não cristãos podem se emocionar com a Via Sacra, pois retratam o sofrimento nobre, semelhante ao “ pathos ” grego, conceito este presente nas épicas e atemporais estórias envolvendo mártires e super herois. E o “ gran fi nale” , a vitória de Cristo sobre a morte, a Páscoa cristã, que é a última estação, acrescentada especialmente fora do tempo quaresmal.

 
 
 

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